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Transtornos alimentares e distúrbios alimentares: qual a diferença?


Está na moda falar que temos compulsão alimentar, a qualquer sinal de um comer em excesso. Ou um exagero aqui e ali. Nutricionistas e coaches de emagrecimento dizendo que tratam compulsão alimentar.... Das duas uma: ou não temos tanta compulsão alimentar assim e o termo tem sido usado errado (a compulsão alimentar periódica é um transtorno alimentar), ou tem muita gente oferecendo tratamento enquanto não deveria.


Por outro lado, tem muita gente com uma relação disfuncional com a comida. Nesse caso sim, o tratamento é diferente, mas também não é dieta e exercícios, como você pode ter tentado. Nesse post eu explico isso direitinho :)


Transtorno alimentar


Do inglês, traduzido pro português, eating disorders são transtornos alimentares, não distúrbios alimentares. Transtornos alimentares são as doenças psiquiátricas relacionadas à comida e autoimagem enquadradas no CID-10/11 e no DSM-V, com diagnósticos definidos. Entre essas doenças estão anorexia nervosa (nas suas subcategorias), bulimia nervosa (e suas subcategorias), compulsão alimentar periódica, e outros transtornos alimentares não especificados. Tratamentos são necessariamente feitos por uma equipe multidisciplinar (psiquiatra, psicoterapeuta e nutricionista especializados). Nesse caso, dietas restritivas são grandemente desencorajadas, e existe um enorme cuidado que deve ser tido com os gatilhos dos impulsos compulsivos e restritivos.


Disfunção alimentar


O relacionamento com a comida não é saudável, nem funcional. Isso não quer dizer que é uma doença. A maior parte das pessoas que sofre com o efeito sanfona, obesidade e dietas restritivas não se relacionam de forma funcional com a comida. Disfuncionalidade quer dizer que é uma briga, uma relação de amor e ódio, um pensar em comer o dia todo, um ir dormir frustrada e um acordar com planos que nunca se concretizam. É a comida ocupar mais tempo do que o necessário.


Disfunção alimentar precisa de tratamento?


A maioria das pessoas que tem um comportamento disfuncional com a comida nem sabem que precisam de tratamento. Vivem a vida toda achando que devem ou se aceitar como são ou continuar a procurar dietas e exercícios para emagrecer. E eles nunca funcionam...


Você pode ter uma relação funcional com a comida


O tratamento nesse caso é psicoterapia, aliada ou não à nutrição comportamental. Não adianta prosseguir no caminho da dieta e exercícios, porque claramente, pela sua própria experiência, não funciona. Na verdade, só torna a situação mais disfuncional.


E o que a psicoterapia pode fazer por mim?


A terapia vai te ajudar demais, em mais aspectos do que simplesmente acertar sua relação com a comida. A terapia, aliada ou não à hipnose, te ajuda a extinguir antigos comportamentos e adquirir novos comportamentos desejáveis, tratar gatilhos para autossabotagem, tratar deslocamentos de questões psicológicas para a comida e tratar questões de autoimagem. Isso só falando da sua relação com a comida e com seu corpo. Sem falar que muitas vezes nossa relação com a comida está desfuncional porque eu estou deslocando minhas questões para a parte física, e na terapia isso também pode ser trabalhado.



Faça as pazes com você mesma e com a balança.

Você pode ser dona do seu próprio destino.



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