top of page

O que é hipnose?

Atualizado: 28 de fev. de 2020


Uma enorme discussão é a tentativa de definir o que é hipnose. Existe mais do que uma definição para diferentes estados hipnóticos. Preferimos na nossa clínica trabalhar com a definição de que a hipnose é uma ferramenta de alteração da percepção da realidade por meio da linguagem, verbal ou não verbal. A terapia que faz uso da hipnose, seja ela qual for, irá ter seus resultados acelerados. A hipnose trabalha dentro de expectativas elevadas e concentração. Ela não é ciência, mas seus resultados são comprovados cientificamente. É importante entender que a realidade à que nos referimos, é a realidade interna do paciente. Para o hipnoterapeuta, a realidade dos fatos não existe, já que a realidade é sempre interpretada. Dessa forma, um paciente em um estado depressivo terá a interpretação dos fatos sendo realizadas por uma lente pessimista, e é com essa realidade que nós iremos trabalhar. Com um profundo respeito pelo paciente e pela forma como ele vê o mundo exterior e interior, podemos realmente ajudá-lo a encontrar a mudança que tanto deseja.


Existem duas teorias sobre o estado hipnótico. A teoria de não estado supõe que não existem alterações significativas no cérebro do sujeito sob hipnose. Esse estado estaria ancorado apenas em um grande engajamento no processo e concentração nas sugestões. Dessa forma, pela teoria de não estado, a hipnose seria um fenômeno de comportamento, podendo ser, portanto, aprendida.


A teoria de estado, por outro lado, nos traz a ideia de alterações no cérebro do paciente em hipnose. Esta teoria é verificada, por exemplo, nas anestesias que são realizadas através de hipnose. Nesses casos, no chamado coma hipnótico, ou estado de Esdaile, o paciente pode inclusive sofrer uma cirurgia sem o uso de medicamentos para anestesia. Este estado hipnótico também é muito usado no controle de dores crônicas em ortopedia ou enxaqueca, por exemplo.



A sessão de hipnose irá, como via de regra, trabalhar com 3 fases: conversa prévia, indução e sugestão.

A conversa prévia, ou pre-talk, irá esclarecer ao paciente a conduta terapêutica a ser seguida e resolver quaisquer dúvidas que possam aparecer.

Na indução, é realizado um relaxamento, de forma que a faculdade crítica do paciente seja rebaixada. A faculdade crítica, pela teoria da mente de Dave Helman, é a separação entre o consciente e o inconsciente. Ultrapassando a barreira da faculdade crítica, o paciente consegue trabalhar na simbologia do inconsciente.



Ultrapassada a faculdade crítica, o paciente está pronto para a fase de sugestões. Nessa fase, ocorre a "reprogramação" do seu inconsciente. As sugestões, independentemente de quais sejam, só serão aceitas pelo inconsciente do paciente se houver congruência. Isso quer dizer que, se o paciente receber a sugestão de parar de fumar, e não tiver tomado a decisão firme de parar de fumar, o inconsciente não irá aceitar aquela sugestão. A sugestão deve vir de encontro com as crenças, valores e decisões internas e essenciais do paciente para serem aceitas.

Comments


bottom of page